Transporte marítimo em Florianópolis
Florianópolis mira modelo de Vitória, no Espírito Santo, para implantar transporte marítimo urbano; edital de licitação está sendo elaborado pela Secretaria de Infraestrutura
Referenciado na operação da cidade de Vitória, no Espírito Santo, Florianópolis vai avançar na oferta de transporte marítimo. Quem cuida do assunto é o secretário de Infraestrutura, Rafael Hahne, que está em contato com os técnicos do município capixaba a fim de replicar o modelo na capital catarinense.
Lá, por exemplo, a operação tem subsídio do governo do estado. Conforme o prefeito Topázio Neto (PSD), no segundo semestre do ano serão feitos os estudos necessários. Depois disso, mas dificilmente em 2025, o desenho do edital de licitação para concessão do serviço.
Para que o projeto realmente avance, o foco é começar num sistema mais simples, não grandioso, e depois expandir. Topázio explicou que o modelo de Vitória é com o transporte marítimo dentro da cidade, ou seja, sem conexão com outros municípios.
“Isso num primeiro momento, a fim de esperar consolidar em Florianópolis e depois oferecer portas de entrada para São José, Palhoça e outros lugares”, explicou.
A primeira linha imaginada seria no limite com São José, na altura do rio Araújo, próximo à pista de skate do Abraão, até o Centro, nas imediações dos clubes de remo, no máximo chegando até o bairro Cacupé.
Posteriormente, avançar com conexões até Santo Antônio de Lisboa, Jurerê e Canasvieiras, no Norte da Ilha.
“Essa seria uma primeira linha, com ida e volta, horários definidos para poder, durante a semana, focar no transporte coletivo e, aos finais de semana, liberar para que também façam o transporte turístico, como passeio de barco”, afirmou Topázio.
Aos sábados e domingos, a ideia é uma tarifa diferenciada para ajudar a custear o sistema. De segunda a sexta, uma tarifa semelhante à dos ônibus.
O prefeito disse que, além de criar o transporte marítimo, é preciso integrá-lo ao coletivo. “Temos que fazer todo sistema, para quando o barco estiver chegando, minutos depois tenha o ônibus passando para fazer a baldeação.”
Entre as lições de casa, é preciso arrumar os trapiches da Capital, porque hoje não existe infraestrutura para o modal. Segundo Topázio, quem vem de São José e quer chegar ao Centro enfrenta congestionamentos com frequência.
O prefeito frisou que estas são ideias iniciais e que a Secretaria de Infraestrutura vai desenhar o modelo a ser lançado na licitação.
Topázio também reiterou que será preciso obter as licenças necessárias e que o modelo será de concessão, com a iniciativa privada tocando o serviço. “Se a gente não começar já, nunca vamos implantar. A vontade política existe, a viabilidade técnica vamos descobrir e comprovar e o parâmetro é o de Vitória.”